etfs internacionais

ETFs internacionais: como funcionam e por que considerar esse investimento

Você já pensou em ter parte do seu dinheiro investido fora do Brasil?

Se você é autônomo e já começou a guardar e investir parte do que ganha, parabéns — você está à frente da maioria.
Mas existe uma etapa que muitos ignoram (ou adiam demais): diversificar internacionalmente.

A boa notícia?
Você não precisa abrir conta no exterior nem falar inglês fluente para começar a investir em ativos globais.

Com os ETFs internacionais, você pode colocar seu dinheiro em empresas como Apple, Google, Amazon, Tesla ou nas maiores economias do mundo — direto da sua corretora brasileira.

Neste artigo, vamos te mostrar:

  • O que são ETFs internacionais e como eles funcionam

  • Quais as principais vantagens e riscos

  • Exemplos acessíveis para começar

  • E como usar isso na sua carteira mesmo com pouco dinheiro

 


O que é um ETF internacional (explicado do zero)

ETF significa Exchange Traded Fund, ou seja, fundo de índice negociado na bolsa.

Na prática, é um tipo de investimento que replica o desempenho de um grupo de ativos.
No caso dos ETFs internacionais, esse grupo pode ser:

  • As 500 maiores empresas dos EUA (S&P 500)

  • Empresas de tecnologia do mundo todo

  • Mercados emergentes

  • Ações da Europa, Ásia, China, etc.

Você compra uma cota do ETF e, com isso, passa a ter exposição a dezenas ou centenas de empresas ao mesmo tempo — de forma prática e barata.


Por que um autônomo deveria considerar ETFs internacionais?

🌎 1. Proteção contra riscos do Brasil

Investir apenas no Brasil é como deixar todos os ovos na mesma cesta.
Se algo balança por aqui (economia, política, inflação…), sua carteira balança junto.

Com ETFs internacionais, você dolariza parte do seu patrimônio, se protegendo de crises locais.


💸 2. Exposição a moedas fortes (como o dólar)

Mesmo que você invista em reais, os ETFs internacionais seguem índices cotados em moedas fortes, como o dólar ou o euro.
Isso ajuda a preservar seu poder de compra ao longo do tempo.


📉 3. Redução de riscos com diversificação global

ETFs internacionais são naturalmente diversificados.
Ao investir num só ativo, você se expõe a empresas de diferentes países, setores e tamanhos, o que reduz a volatilidade.


💼 4. Você investe como os grandes

Fundos de pensão, investidores profissionais e bilionários como Ray Dalio, Warren Buffett e Howard Marks recomendam exposição internacional como parte de qualquer carteira sólida.


Como investir em ETFs internacionais: dois caminhos possíveis

✅ Caminho 1: via B3 (corretoras brasileiras)

Existem ETFs internacionais listados na bolsa brasileira (B3), com final “11”.
Você pode comprar direto da sua corretora, como se fosse uma ação.

Exemplos populares:

  • IVVB11: replica o S&P 500 (500 maiores empresas dos EUA)

  • SPXI11: também segue o S&P 500, com outra gestora

  • NASDAQ11: replica a Nasdaq-100 (empresas tech dos EUA)

  • EURP11: empresas da zona do euro

  • XINA11: ações da China

💰 Investimento mínimo: a partir de R$ 100 (varia por ETF e cotação do dia)


✅ Caminho 2: direto no exterior (via corretoras internacionais)

Se você quiser ir além, pode abrir conta em corretoras como Passfolio, Avenue, Nomad ou Inter, que permitem comprar ETFs americanos direto na bolsa dos EUA.

Vantagens: acesso mais amplo, maior volume de opções
Desvantagens: exige mais estudo, envolve câmbio e declarações internacionais

👉 Para quem está começando, o caminho via B3 já resolve muito bem.


O que observar antes de investir

📌 1. Taxa de administração

Mesmo que seja um fundo passivo, o ETF cobra uma taxa anual.
Prefira ETFs com taxa abaixo de 0,5% ao ano. A maioria dos bons ETFs cobra de 0,03% a 0,25%.


📌 2. Volume de negociação

Dê preferência a ETFs com alta liquidez, ou seja, mais negociados na bolsa.
Isso evita problemas na hora de comprar ou vender suas cotas.


📌 3. Tributação

  • Lucros com ETFs internacionais via B3 são isentos de IR até R$ 20 mil por mês.

  • Acima disso, há alíquota de 15% sobre o lucro.

  • Se investir direto fora do país, a declaração do imposto de renda exige atenção (mas é totalmente possível com orientação).


Como incluir ETFs internacionais na sua carteira (mesmo começando com pouco)

Se você já tem:

  • Reserva de emergência montada

  • Investimentos em renda fixa

  • E quer diversificar com mais estratégia

…comece incluindo 10% a 20% da sua carteira em ETFs internacionais.

💡 Dica prática:

  • Use o IVVB11 ou NASDAQ11 como primeira entrada

  • Reinvista os dividendos automaticamente (eles são reinvestidos no ETF)

  • Faça aportes mensais, sem tentar “acertar o topo ou o fundo”


O futuro financeiro de quem empreende começa com decisões simples

Você não precisa virar trader. Nem prever a economia global.
Mas precisa entender que, como autônomo, sua aposentadoria e estabilidade dependem exclusivamente de você.

ETFs internacionais são uma forma inteligente, segura e prática de:

  • Diversificar

  • Proteger seu patrimônio

  • Aproveitar o crescimento global

E o melhor: sem complicar sua rotina ou aumentar seus riscos.


Nos vemos no próximo post — com a carteira globalizada e a cabeça tranquila.
Equipe Finanças Pro Autônomo 💼