investir no exterior

Como investir no exterior sendo autônomo no Brasil (sem sair de casa e com pouco dinheiro)

Se o seu trabalho não tem fronteiras, seus investimentos também não deveriam ter

Você já pensou que sua grana está 100% presa à economia brasileira?
Mesmo trabalhando por conta própria, talvez com clientes no exterior, ou faturando em reais e sonhando com liberdade financeira, seu dinheiro continua 100% atrelado ao mesmo risco.

E se a política muda? E se o real derrete? E se o mercado trava?

A boa notícia é:
Você pode investir parte do seu dinheiro fora do Brasil — em dólar, euro, ações globais, fundos estrangeiros — mesmo sendo autônomo, mesmo com pouco, mesmo com CPF.

Neste guia, você vai aprender:

  • Por que autônomos devem pensar globalmente nas finanças

  • Como funciona o investimento internacional legal e acessível

  • Quais são os caminhos possíveis (com vantagens e cuidados)

  • E o que considerar para montar uma carteira segura fora do país


Por que investir no exterior sendo autônomo?

🌎 1. Proteção contra crises locais

Investir fora é como construir um plano B financeiro. Se o Brasil balança, parte do seu patrimônio continua firme.


💰 2. Exposição ao dólar e moedas fortes

Você ganha em real, mas pode guardar em dólar. Isso protege seu poder de compra ao longo do tempo.


📈 3. Acesso a mercados maiores e mais estáveis

Em vez de depender só da bolsa brasileira (que representa 1% do mercado mundial), você pode investir nas maiores empresas do planeta: Apple, Amazon, Google, Tesla, Coca-Cola…


💼 4. Independência financeira de verdade

Você não precisa sair do país — mas precisa desatrelar sua vida inteira da economia brasileira.


Quais são os caminhos para investir no exterior?

✅ 1. Investir por meio de ETFs internacionais na B3

Esse é o caminho mais simples e acessível.

Você compra ETFs listados na bolsa brasileira que replicam índices internacionais, como o S&P 500 (EUA), Nasdaq (tecnologia), China, Europa etc.

💡 Exemplos:

  • IVVB11 → replica o S&P 500

  • NASDAQ11 → empresas tech dos EUA

  • XINA11 → ações da China

  • EURP11 → zona do euro

👉 Compra-se pela corretora brasileira, em reais, como se fosse uma ação.

📌 Ideal para quem está começando, com pouco dinheiro e quer começar a diversificar aos poucos.


✅ 2. Investir direto em corretoras internacionais

Esse é o caminho mais completo, para quem quer:

  • Comprar ações ou ETFs dos EUA direto (ex: VOO, VT, SCHD)

  • Ter conta em dólar

  • Fazer remessas para o exterior com liberdade

Você pode abrir conta em corretoras como:

  • Avenue

  • Nomad

  • Inter Invest Internacional

  • Passfolio (integrada à Stake)

Tudo é feito com CPF e 100% legalizado.
Você manda reais, converte pra dólar e investe.

📌 Exige atenção com declaração de bens no exterior e imposto de renda — mas nada impossível com um contador atualizado.


Quanto é preciso para começar?

  • Pela B3: a partir de R$ 100 a R$ 200, dependendo do ETF

  • Pela corretora internacional: remessas mínimas entre US$ 10 e US$ 100, dependendo da plataforma

💡 Dá pra começar sem ter muito dinheiro. O mais importante é ter constância.


Quais os cuidados ao investir no exterior?

⚠️ Tributação

  • Na B3: isenção de IR até R$ 20 mil por mês em vendas.

  • No exterior: lucro acima de US$ 35 mil/ano deve ser declarado. A alíquota é de 15% a 22,5%, conforme o ganho.

✅ Use apps como Kinvo, Grana, Declare Fácil ou MyCapital para facilitar a contabilidade.


⚠️ Câmbio e IOF

Quando você manda dinheiro pro exterior, paga IOF (0,38%) e usa o câmbio do dia. Planeje bem os momentos de envio.


⚠️ Escolha de ativos

Não invista só porque ouviu falar. Estude antes.
ETF globais diversificados (como VT ou VOO) são ideais pra iniciantes.


Exemplo prático: como montar sua primeira carteira internacional

Vamos supor que você queira investir R$ 500 por mês:

Investimento Percentual Plataforma sugerida
IVVB11 (S&P 500) 40% Corretora brasileira (B3)
NASDAQ11 (tecnologia) 30% B3
XINA11 (China) 10% B3
VOO ou VT (ETF EUA) 20% Avenue ou Nomad

👉 Com essa estratégia, você está diversificado globalmente, protegido contra crises locais e ainda crescendo junto com a economia mundial.


Você já trabalha por conta. Agora, invista por escolha — não por medo

Autônomos têm o privilégio (e o desafio) de não depender de um patrão.

Mas isso também exige proteger o próprio dinheiro com mais inteligência.

Investir no exterior é uma forma simples, legal e eficaz de:

  • Evitar surpresas desagradáveis

  • Ganhar em dólar

  • Ter mais tranquilidade para tomar decisões profissionais sem desespero

Nos vemos no próximo post — com uma carteira mais global e menos vulnerável.
Equipe Finanças Pro Autônomo 💼