O erro mais comum na precificação de serviços (e como evitar de uma vez por todas)

O erro mais comum na precificação de serviços (e como evitar de uma vez por todas)

Quando você percebe que está trabalhando muito… e lucrando pouco

Você entrega tudo direitinho, os clientes elogiam, a agenda até enche.
Mas no fim do mês, o dinheiro não sobra. Às vezes, nem dá.

Se você sente que está correndo sem sair do lugar, o problema pode não estar no seu marketing, nem na sua produtividade.
Pode estar no seu preço.

Ou melhor: na forma como você calcula esse preço.

Neste artigo, você vai descobrir:

  • O erro mais comum que autônomos cometem ao precificar

  • Por que isso mina seu lucro (sem você perceber)

  • E como corrigir com um método simples e justo — que cabe na sua realidade


O erro: cobrar só pelo tempo ou pelo que “todo mundo cobra”

Essa é a armadilha número um. E ela acontece de dois jeitos:

1. Cobrar só pelo tempo dedicado (hora ou diária)

“Se levei 2h pra fazer, cobro 2h de trabalho.”

O problema é que isso ignora:

  • O valor que você entrega

  • Os custos invisíveis (tempo de estudo, deslocamento, ferramentas)

  • E o fato de que, quanto mais você evolui, mais rápido você entrega — e menos você fatura?

Cuidado: produtividade não pode virar punição.


2. Copiar o preço do colega sem conhecer os bastidores

“Fulano cobra R$ 300, vou cobrar também.”

Mas você sabe:

  • Quanto ele paga de ferramentas?

  • Se ele tem outro emprego?

  • Se ele está no lucro ou no sufoco?

Comparar preço sem contexto é receita pra prejuízo.


A consequência: um negócio que se sabota

Quando você erra na precificação, tudo desanda:

  • Trabalha demais pra faturar de menos

  • Vive no limite (ou no vermelho)

  • Não sobra grana pra investir no próprio negócio

  • Começa a aceitar qualquer cliente, qualquer valor

  • Se desgasta e pensa em desistir


Como evitar esse erro (de forma prática)

Vamos direto ao ponto: aqui está um método simples pra calcular um preço justo e lucrativo.


✅ Passo 1: Calcule seus custos mensais

Inclua:

  • Custos fixos: aluguel, internet, ferramentas, transporte, alimentação

  • Impostos (MEI, autônomo ou PJ)

  • Reservas (emergência, férias, aposentadoria)

  • Investimento no negócio (marketing, cursos, equipamentos)

Exemplo:
Total de custos mensais = R$ 4.000
Você quer tirar no mínimo R$ 6.000 líquidos → precisa faturar R$ 10.000/mês


✅ Passo 2: Estime sua capacidade produtiva

Quantos serviços você consegue entregar no mês sem se esgotar?

Exemplo:
Consegue atender 20 clientes por mês →
10.000 ÷ 20 = R$ 500 é o valor mínimo por serviço

Esse é o seu preço de sobrevivência.
Menos que isso? Prejuízo na certa.


✅ Passo 3: Adicione margem de valor

Agora olhe para o valor percebido do que você entrega:

  • O cliente ganha tempo?

  • Evita prejuízo?

  • Tem resultado financeiro?

  • É algo exclusivo ou especializado?

Se sim, você pode (e deve) acrescentar margem de valor.

➡️ De R$ 500, você pode subir para R$ 650, R$ 700, ou até mais — desde que entregue com consistência e clareza.


✅ Passo 4: Tenha versões diferentes do seu serviço

Nem todo cliente vai pagar seu serviço premium.

Crie variações:

  • Essencial (preço base)

  • Intermediário (com extras)

  • Premium (com consultoria ou bônus)

Isso te dá flexibilidade sem baixar o preço.


✅ Passo 5: Reavalie a cada 3 meses

Seu custo muda. Sua experiência cresce.
O mercado oscila.

Recalcule seu preço a cada trimestre.
É isso que mantém seu negócio sustentável.


Preço é posicionamento (e saúde financeira também)

Quando você precifica bem:

  • Trabalha menos e ganha mais

  • Atrai os clientes certos

  • Se sente valorizado

  • E tem uma empresa, não uma rotina de sobrevivência

Cobrar barato demais não é humildade. É falta de estratégia.
E cobrar certo não é arrogância. É respeito pelo seu trabalho e pelo seu futuro.


Leituras recomendadas:

👉 A fórmula prática para precificação de serviços
👉 Como calcular seu preço de forma justa e lucrativa
👉 Por que cobrar “por feeling” é perigoso

Nos vemos no próximo post — com o preço certo e o lucro no lugar.
Equipe Finanças Pro Autônomo 💼